Em 5 bilhões de anos, o Sol vai explodir em uma nuvem de poeira e gás

Publicado por Tv Minas em 16/01/2019 às 21h54

Em novo modelo, astrônomos preveem o fim de nossa estrela.

 

O Sol está com os dias contados. Ou melhor, com os anos contados: daqui a cinco bilhões de anos, a estrela que sustenta nossa vida vai explodir, se dividindo em um enorme e brilhante anel de poeira cósmica e gás.

 

Não é de hoje que os astrônomos sabem que vai chegar um dia que o Sol vai perder sua energia e morrer. Mas o que ninguém sabe ao certo é a forma como isso vai acontecer. Uma equipe internacional de cientistas utilizou um novo modelo em computador para tentar solucionar o mistério.

 

Eles descobriram que, em vez de desaparecer, o Sol pode se transformar em uma nebulosa planetária com um brilho intenso que poderá ser observada por milhões de anos-luz (isso se tiver alguém para olhar)

 

Essas nebulosas planetárias são os objetos mais bonitos do céu e, embora o sol só se torne fraco, será visível a partir de galáxias vizinhas", disse Albert Zijlstra, professor de astrofísica da Universidade de Manchester, em entrevista ao jornal The Guardian. "Se você vivesse na galáxia de Andrômeda a dois milhões de anos-luz de distância, ainda seria capaz de vê-lo."

 

O Sol é considerado uma estrela mediana com idade aproximada entre 4,5 e 5 bilhões de anos. Ele estaria, portanto, na metade de sua vida. Quando completar seus 10 bilhões de anos, o hidrogênio em seu núcleo terá quase todo desaparecido, fazendo com que desmorone. Isso desencadeia uma série de reações em seu interior, que faz com que ele inche, se tornando uma gigante vermelha. Mercúrio e Vênus devem ser engolidas no processo.

 

Em artigo publicado na revista Nature Astronomy, a equipe de pesquisadores descreveu o que deve acontecer depois. “Depois de formar um gigante vermelho, o sol perderá cerca de metade de sua massa, enquanto as camadas externas são sopradas a cerca de 20 km por segundo.O núcleo irá aquecer rapidamente, fazendo irradiar luz ultravioleta e raios-x que alcançam as camadas externas e as transformam em um anel de plasma brilhante. A nebulosa planetária vai brilhar por cerca de 10.000 anos.”

 

Mas, a menos que a humanidade já tenha colonizado outras galáxias na época, não há com o que se preocupar — a Terra já terá se tornado um lugar inóspito à vida muito antes. À medida que o sol envelhecer, ele se tornará cada vez mais brilhante, e nos próximos dois bilhões de anos poderá ficar quente o suficiente para ferver os oceanos. "Não será um lugar muito agradável", disse Zijlstra.

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