Professores de escolas estaduais aderem à greve no Sul de Minas

Publicado por Tv Minas em 16/01/2019 às 21h54

Fonte: G1

Matéria extraída fo G1

 

Primeira parcela deste mês foi paga para apenas uma parte dos servidores de educação.

 

Professores da rede estadual de ensino estão em greve por falta de pagamento dos salários. Desde 2016 o governo tem feito o pagamento de forma escalonada. A primeira parcela deste mês foi paga para apenas uma parte dos servidores de educação. No Sul de Minas, 143 professores de escolas estaduais aderiram à greve.

 

Esta é a segunda vez que os profissionais da educação entram em greve neste ano. Segundo professores, além de pegar apenas a metade da parcela prevista para o 5º dia útil de junho, o governo do estado informou que não tem dinheiro em caixa para pagar o restante.

 

A primeira paralisação foi entre os meses de março e abril e durou 43 dias. A reivindicação na época era o pagamento do piso nacional. Agora os professores pedem para que o governo cumpra no mínimo o pagamento do salário escalonado nas datas definidas pelo próprio governo.

 

"Nós já vamos ter a 2ª parcela agora no final da semana, sendo que nós não recebemos nem a 1ª parcela. Nós já tivemos o 13º salário parcelado, nós já estamos aí há 1 ano com nosso salário parcelado e nós não temos uma resposta de quando isso vai melhorar e o que nos entristece mais é que a educação é a única categoria que está com esse parcelamento, com essa incerteza e nós não convivemos com incerteza, nós temos as nossas contas para pagar", diz a professora Mariele Costa.

 

Na Superintendência Regional de Ensino em Varginha, a adesão é de 60%. Das 90 escolas, 54 estão paralisadas total ou parcialmente. Já em Pouso Alegre e em Passos, a adesão é de 90%. Em Poços de Caldas, 70% das escolas aderiram à greve.

 

Os professores pedem para que o governo volte a fazer o pagamento dos salários sem parcelar. Segundo uma das professoras, ela tem pagado cerca de R$ 450 por mês só de juros no atraso das contas.

 

"Fica muito apertado. A gente vai somando e esse dinheiro que a gente poderia usar para uma compra de supermercado, para a padaria do mês inteiro, isso vai para o cartão de crédito, então está começando a virar uma bola de neve", diz a professora Valesca de Souza Pinto.

 

A Secretaria de Estado da Fazenda justificou que o atraso no pagamento dos professores foi pela queda de R$ 300 milhões na arrecadação tributária, causada pela paralisação dos caminhoneiros. Disse ainda que na sexta-feira pagou R$ 1,5 mil para os servidores que estão trabalhando e que nesta terça-feira (19) pagará R$ 1 mil aos aposentados.

 

Ainda conforme a secretaria, os valores restantes, tanto para ativos quanto para inativos, serão pagos à medida que o caixa se normalizar. Ainda segundo a Secretaria de Fazenda, a data do pagamento da 2ª parcela está mantida para a próxima segunda, dia 25 de junho.

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