Prefeitos da microrregião de Pouso Alegre fecham comércio não essencial

Publicado por Tv Minas em 17/01/2021 às 12h52

Matéria extraída do Terra do Mandu

 

Medida foi tomada após prefeito de Pouso Alegre cobrar colegas devido à falta de leitos de UTI no principal hospital da região.

 

Prefeitos de cidades do Sul de Minas que têm Pouso Alegre como referência se reuniram na manhã deste sábado (16) e definiram também decretar o fechamento do comércio não essencial em seus municípios. O encontro foi realizado na prefeitura de Camanducaia, com a presença de prefeitos ou representantes de Cambuí, Córrego do Bom Jesus, Estiva, Itapeva e Senador Amaral.

 

O prefeito de Pouso Alegre, Rafael Simões, também participou da reunião. Ontem (15), após assinar o decreto que fechou o comércio não essencial, Simões sugeriu aos colegas prefeitos das cidades vizinhas a tomar uma atitude forte. “Do contrário, você não terá para onde mandar os pacientes contaminados”, alertou.

 

O prefeito de Camanducaia, Rodrigo Alves de Oliveira (MDB), anfitrião do encontro, afirmou em entrevista à radio da cidade que havia recebido uma ligação do prefeito de Pouso Alegre, relatando que não havia mais leitos de UTI disponíveis no Hospital das Clínicas Samuel e que há dificuldade na compra de oxigênio para reposição de estoque. As prefeituras da microrregião enviam seus pacientes para Pouso Alegre na hora que há agravamento do quadro de saúde.

 

Conforme o boletim epidemiológico divulgado por Pouso Alegre neste sábado, com dados de sexta, dos 30 leitos de UTI disponibilizados para o tratamento de Covid, 28 estavam com pacientes, o que representa 93.33% do total. Sendo que 25 pacientes nas UTIs são de cidades vizinhas.
Outra prefeitura da regional que também decretou o fechamento do comércio não essencial é Congonhal. O prefeito Moisés Ferreira Vaz adotou a medida considerando as declarações do prefeito de Pouso Alegre da falta de leitos e escassez de oxigênio no mercado.

 

Em todos os casos, os políticos pediram desculpas aos comerciantes que serão atingidos pelas medidas e disseram não haver outra saída, neste momento.

 

 

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