Acusados de morte de universitária vão a júri popular em Extrema

Publicado por Tv Minas em 16/01/2019 às 21h54

Fonte: G1

Larissa Gonçalves de Souza foi assassinada em novembro de 2015. Lucas Gamero, então namorado da vítima, foi absolvido por falta de provas.

Matéria extraída do G1

 

O juiz Ricardo Alves Cavalcante proferiu nesta segunda-feira (5), em Extrema, a sentença dos acusados no caso da jovem Larissa Gonçalves de Souza. De acordo com a decisão, três dos quatro acusados irão a júri popular.

 

A estudante universitária, de 21 anos, foi morta com requintes de crueldade em novembro de 2015. Segundo a polícia, o crime teria sido encomendado por um comerciante da cidade pelo valor de R$ 1 mil.

 

O comerciante José Roberto Freire, que seria o mandante do crime e Valdeir Bispo dos Santos, que teria sido pago para matar a jovem, serão julgados por assassinato e ocultação de cadáver. A técnica de enfermagem Rosiane Rosa da Silva será julgada por participação no crime. Já o jovem Lucas Gamero, que era o namorado da vítima, não vai ser acusado por não haver indícios da participação dele na morte de Larissa.

 

Segundo a promotora do caso, Rogéria Leme, os fundamentos jurídicos da absolvição de Gamero serão analisados para um possível recurso junto ao Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais. Quanto aos outros acusados, a promotora afirmou que a sentença corresponde ao pedido do Ministério Público.

 

Enquanto isso, Freire e Rosiane continuam presos em Pouso Alegre. Valdeir Bispo dos Santos foi transferido para uma cadeia em Extrema. Gamero segue em liberdade. O crime completou um ano no último mês.

 

 

O caso

 

Larissa desapareceu no dia 23 de outubro de 2015, quando estacionou de carro na rodoviária de Extrema para pegar o ônibus até a faculdade, em Bragança Paulista (SP). Segundo testemunhas, antes de sair do carro, ela foi abordada por um casal, que a colocou no banco de trás e saiu do local com o veículo. Onze dias depois, o corpo dela foi encontrado em uma ribanceira de cerca de 30 metros na Serra do Lopo, ponto turístico da cidade.

 

As investigações apontaram que a morte da jovem, com requintes de crueldade, teria sido encomendada por R$ 1 mil pelo comerciante José Roberto Freire que, preso, admitiu ter planejado o crime. Em depoimento, ele incriminou Gamero, então namorado da vítima, a técnica de enfermagem Rosiane Rosa da Silva e o garoto de programa Valdeir Bispo dos Santos.

 

Detido no dia 4 de novembro, Gamero, que trabalhava como modelo e chegou a desfilar para a loja de Freire, negou qualquer participação na história. Ele também nega que tivesse um relacionamento amoroso com o comerciante. No dia 6 de novembro, a polícia localizou Rosiane, que preferiu se manter em silêncio durante oitiva na delegacia.

 

No dia 9 de novembro, Santos foi preso e admitiu participação no sequestro, negando, no entanto, ter agido diretamente na morte da jovem ou ter visto o namorado dela no local do crime. Em 12 de novembro, Gamero deixou o Presídio de Pouso Alegre  porque a Justiça entendeu que ele não apresentava risco às investigações. Os outros suspeitos foram mantidos presos.

 

Apesar do inquérito da Polícia Civil ter concluído, em dezembro de 2015, pelo indiciamento de Freire, Rosiane e Santos, o Ministério Público colocou também o modelo como réu no caso. Gamero é o único que responde ao processo em liberdade. Em março de 2016, a mãe da vítima chegou a dizer em uma audiência que ele teria omitido detalhes em depoimentos para a polícia.

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