Geólogos afirmam que a Terra tem um novo continente

Publicado por Tv Minas em 16/01/2019 às 21h54

De acordo com estudo, o sétimo continente se chama Zelândia, e se forma com a junção dos arquipélagos da Nova Zelândia e da Nova Caledônia.

 

Cientistas descobriram uma nova porção de terra que pode entrar para o grupo já conhecido dos continentes, que inclui África, Antártica, Oceania, Eurásia, América do Sul e América do Norte - alguns geólogos usam o modelo geológico que separa a América em duas e junta Europa e Ásia, formando a Eurásia, num total de seis continentes.

 

De acordo com o novo estudo, o sétimo continente se chama Zelândia, e se forma com a junção dos arquipélagos da Nova Zelândia e da Nova Caledônia. Segundos os 11 pesquisadores por trás do estudo, as ilhas seriam parte de um mesmo pedaço de terra com 4,9 milhões de km², que é separado da Austrália.

 

“Não se trata de uma descoberta repentina, mas de uma percepção gradual; há 10 anos, nós não teríamos informação acumulada e nem confiança para escrever o estudo”, escreveram os cientistas da Geological Society of America no GSA Today.

 

O conceito de Zelândia não é novo. Ele foi criado pelo geólogo Bruce Luyendyk, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, em 1995. O nome foi usada pela primeira vez para descrever a Nova Zelândia, a Nova Caledônia e um conjunto de pedaços de terra submerso que se separou de uma região conhecida como Gondwana, um supercontinente com 200 milhões de anos.

 

“Criei o termo por conveniência”, afirma Luyendyk ao Business Insider. “Todos fazem parte de uma mesma coisa, se você observa Gondwana. Então pensei: ‘Por que nomear esses pedaços de terra com nomes diferentes?’”

 

Apesar de não fazer parte da equipe, Luyendyk considera o novo estudo bastante consistente. Até porque o que os cientistas fizeram foi aprofundar um pouco as ideias do geólogo.

 

Baseando-se em alguns critérios de avaliação geológica, eles afirmam que a prção de terra da Índia, por exemplo, é tão grande que poderia ser um continente (e provavelmente foi no passado), mas hoje ela está completamente ligada à Eurásia.

 

Já a Zelândia não está acoplada à placa da Austrália, existe um passagem de mar conhecida como Cato Trough que ainda separa os dois lugares por 25 quilômetros. Como mostra a imagem a seguir:

 

 

 

 

Os cientistas afirmam que a classificação pode mudar não apenas o nome da região, mas também pode trazer implicações econômicas. Segundo o Business Insider, a ONU faz menções específicas de placas continentais e limites que determinam quais recursos podem ser extraídos dos lugares. Considerando que a Nova Zelândia tem um valor estimado de dez milhões de dólares em combustíveis fósseis e minerais a discussão pode ser longa.

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