Seu nariz é mais potente do que você imagina

Publicado por Tv Minas em 16/01/2019 às 21h54

Somos tão - ou até mais - capazes de sentir certos cheiros do que o resto dos mamíferos.

 

“A ideia de que a capacidade humana de sentir cheiros é menor em comparação a outros mamíferos é um mito do século XIX”. É assim que John P. McGann defende seu estudo, publicado na revista Science, que traz uma nova visão sobre a real potência de nosso nariz. De fato, se tivéssemos de escolher no reino animal quem se destaca pelo olfato apurado, os eleitos provavelmente seriam os cães ou algum roedor. O ponto é: somos tão – ou até mais – capazes de sentir certos cheiros do que eles.

 

O que a pesquisa defende é que essa noção equivocada tem raízes em concepções feitas há mais de 200 anos, mais precisamente em uma classificação proposta pelo cientista francês Paul Broca. Segundo ele, os mamíferos poderiam ser divididos em dois grupos: os que usavam seu olfato para características de sobrevivência, como cachorros e roedores, e os que não faziam esse tipo de uso – como nós, humanos.

 

Tal divisão considerava apenas o tamanho dos bulbos olfativos de cada espécie, área responsável por coordenar nosso cérebro para sentir os mais variados cheiros. Hoje sabe-se que essa parte do cérebro é 200 vezes maior nos roedores e cerca de 40 vezes mais desenvolvida nos cachorros (em comparação ao homem). Considerando essa característica, a lógica parecia clara. Quem tem bulbos olfativos maiores seria, portanto, um exímio farejador – enquanto os outros podiam contar menos com essa habilidade.

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