Falta de patrocínio pode abreviar sonho de atleta mineiro na Surdolimpíada

Publicado por Tv Minas em 16/01/2019 às 21h54

Fonte: GE

Jogador de vôlei de Pouso Alegre é um dos selecionados para representar o Brasil na Turquia no mês de julho, mas conseguir recursos é novo desafio.

Matéria extraída do GE

 

O pouso-alegrense Rafael Camargo Santiago Pereira, de 25 anos, está a um passo de realizar um sonho: representar a Seleção Brasileira de Vôlei na Surdolimpíada de Verão 2017. Os jogos vão ser realizados em julho na Turquia, mas a participação do atleta sul-mineiro está sob risco. Com a equipe sem patrocínio, cada jogador precisa ajudar a levantar recursos para garantir a viagem.

 

Os atletas surdos possuem um campeonato mundial exclusivo, a Surdolimpíada, cuja 23ª edição internacional está prevista para começar em 18 de julho. O campeonato surgiu em 1924 sob o nome de Jogos Internacionais Silenciosos. A partir de 2000, a marca Sudolimpíada foi adotada. No programa estão 21 modalidades esportivas disputadas por mais de 100 países. Além das provas previstas em olimpíadas e paralimpíadas, há disputas de caratê, boliche, corrida de orientação e um estilo de luta semelhante à luta olímpica, o "wrestling".

 

Na página oficial da Confederação Brasileira de Desportos de Surdos (CBDS), diversas campanhas têm sido feitas para arrecadar os mais de R$ 2 milhões estimados para bancar o mínimo aos 230 atletas que devem compor a delegação, representando o país pela 7ª vez em 16 modalidades esportivas, incluindo o vôlei.

 

"O vôlei é a minha vida e poder participar dessa competição é a realização de um sonho. Somos campeões", diz Rafinha, como é conhecido o central da seleção.

 

 

Em 2014, a equipe brasileira de vôlei de surdos foi campeã Sul-Americana em Caxias do Sul (RS). Já em 2016, foi campeã do Pan-Americano e 4ª colocada no Mundial, ambos realizados nos EUA. Agora a expectativa de Rafinha é conseguir pelo menos R$ 4 mil para bancar a viagem para a Turquia.

 

"Com a crise, a gente perdeu patrocínio. Qualquer contribuição será bem vinda para ajudar no pacote da viagem, como hospedagem, transporte, alimentação e uniformes. A passagem, já está quase certo, será dada pelo Ministério do Esporte, mas os custos individuais são calculados em R$ 4 mil. Sem o dinheiro, eu não tenho como viajar", conta o jogador, que, assim como outros membros da delegação, criou uma campanha pedindo apoio nas redes sociais (confira aqui).

 

Ao Globo Esporte.com, o Ministério do Esporte informou, por meio da assessoria de imprensa, que está em conversa com a CDBS para oferecer um patrocínio. Há a expectativa de que um acordo seja feito ainda nesta semana para que o órgão possa ajudar com parte do custeio da viagem.

 

 

Paixão pelo esporte

 

Rafael Camargo tinha pouco mais de um ano de idade quando perdeu a audição, uma sequela da meningite. Foi na quinta série que encontrou no vôlei sua paixão, o que levou o fã de Giba, Giovani e Serginho para a seleção brasileira masculina de vôlei de surdo em 2013.

 

 

Veja também: Atleta de Pouso Alegre se prepara para as Surdolimpíadas da Turquia

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