Funcionários trabalhavam nos setores jurídico, comunicação e finanças da fundação.

Matéria extraída do G1

A nomeação do novo conselho diretor anunciado pelo Governo do Estado para a Fundação do Vale do Sapucaí (Fuvs) continua provocando mudanças em Pouso Alegre. Depois da posse do conselho, na última quinta-feira (17), começaram a ser anunciadas demissões em vários setores.

Os anúncios dos desligamentos começaram na sexta-feira (18), um dia depois da posse dos novos membros. Até o momento, foram demitidos nove profissionais das áreas de finanças, departamento jurídico e comunicação. Entre eles, há casos de funcionários com mais de 10 anos de trabalho na instituição.

Desde o anúncio de que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais invalidou a eleição que definiu a direção do conselho diretor, moradores protestam na cidade. Os primeiros protestos foram no dia 17 de agosto e também aconteceram na quinta-feira (18), na posse dos novos diretores.

Na última semana, os alunos da Universidade do Vale do Sapucaí (Univás) anunciaram uma paralisação que atingiu sete cursos. Também foram suspensos os atendimentos de estudantes de medicina no Hospital Samuel Libânio, outra instituição administrada pela Fuvs.

Além da universidade e do hospital, a fundação também é responsável pelos colégios Anglo e João Paulo, em Pouso Alegre.

Os manifestantes pretendem manter a paralisação até que a liminar que provocou a mudança na direção da Fuvs seja derrubada.

Eleição anulada

A liminar foi concedida pelo juiz José Hélio da Silva em favor do governo do Estado em relação ao conselho diretor da Fundação Vale do Sapucaí. Nessa liminar de tutela de urgência, o juiz determinou que a eleição do conselho diretor da fundação, realizada em maio, não tem validade.

Parte do capital da fundação pertence ao governo estadual e sempre foi o governador que indicou o conselho diretor, que é composto por três membros. Foi assim, por exemplo, com o atual prefeito de Pouso Alegre, Rafael Simões (PSDB), que foi indicado como presidente da fundação pelo senador Antônio Anastasia, que na época era o governador de Minas. Em março deste ano, a fundação modificou o estatuto, retirando esse poder do Governo do Estado.

Essa mudança chegou a ser suspensa pelo juiz José Hélio da Silva, mas foi derrubada pelo Tribunal de Justiça, em Belo Horizonte. Porém, o desembargador Bittencourt Marcondes, que julgou o caso, voltou atrás e declarou a eleição inválida. Com essa decisão, novos nomes foram indicados pelo governo e assumiram na última quinta-feira (17).

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