Número de empresas de transporte coletivo divide opiniões em Pouso Alegre

Publicado por Tv Minas em 16/01/2019 às 21h54

Fonte: G1

Nesta semana, câmara votou retirada da obrigatoriedade de ter pelo menos duas empresas no serviço.

Matéria extraída do G1

 

O transporte coletivo continua dividindo opiniões em Pouso Alegre. Nesta semana, a câmara de vereadores votou a retirada da obrigatoriedade de ter pelo menos duas empresas no serviço.

 

Para alguns, o município não comporta dois serviços de transporte. Para outros, seria a solução para tantas reclamações.

 

A Lei Orgânica do município tinha sido modificada no ano passado. O texto dizia que a concessão ou permissão para explorar o transporte coletivo não poderia ser dada a apenas uma empresa. Dessa forma, na próxima licitação, Pouso Alegre seria obrigada por lei a ter no mínimo duas.

 

Mas a prefeitura decidiu enviar um novo projeto de lei para a câmara. O novo texto diz que a concessão poderá ser dada a uma ou mais empresas. A mudança abre brecha para que o serviço continue sendo feito por apenas uma concessionária.

 

O projeto de emenda à Lei Orgânica foi aprovado na câmara de vereadores, em uma sessão ordinária, mas não houve unanimidade. Foram 11 votos a favor e quatro contra. Entre eles, o do vereador André Prado.

 

"O que eu defendo é que a gente tenha uma (empresa) de ônibus e uma suplementar, que no caso as vans, seria um transporte alternativo como é chamado, mas um transporte público", disse o vereador André Prado (PV).

 

A nova emenda da prefeitura contraria uma das propostas de campanha do prefeito Rafael Simões (PSDB).

 

"No nosso entendimento não houve mudança, houve uma ampliação do número de participantes.

 

Como nós estamos fazendo um estudo técnico para verificar o transporte coletivo de Pouso Alegre, poderá ser uma, duas, três ou mais empresas, então nós não ficamos amarrados só nessa condição de duas empresas", disse o chefe de gabinete José Dimas da Silva Fonseca.

 

O contrato de concessão do transporte público com a empresa Princesa do Sul vence em março. A prefeitura já encomendou um estudo para saber a viabilidade da cidade contar com duas empresas de transporte coletivo. O documento vai servir de base para o edital de licitação.

 

"Vai apontar que tipo de ônibus, se é uma ou duas empresas, as vias que vão receber esse transporte público, que tipo de ônibus deve ser empregado, vai ser baseado em um estudo técnico e não em achismo", completou o chefe de gabinete.

 

Para especialistas, a cidade não comporta dois serviços de transporte coletivo.

 

"Quando se coloca uma outra empresa, tem que se colocar uma outra capacidade instalada, entre estacionamento, oficina, essas coisas, aumenta o custo operacional e logicamente esse custo operacional é inserido no processo licitatório e o usuário do transporte acaba arcando com essa despesa extra", disse o coordenador de controladoria regional de trânsito, Sérgio Carvalho.

 

Quem anda de ônibus reclama do serviço prestado pela empresa. Entre os problemas, estão os atrasos nas linhas, os ônibus lotados e até o atestado de conservação dos veículos. Muitos passageiros defendem como solução mais empresas atuando na cidade.

 

"Mais de uma empresa, porque essa aqui está um relaxo danado, está muito ruim. A gente tem que pegar dois, três ônibus e fica 40, 50 minutos esperando", disse o aposentado Reinaldo Lemes.

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