Corpo de adolescente é encontrado dentro de freezer de bar

Publicado por Tv Minas em 18/09/2021 às 02h03

Fonte: O Tempo

Peritos encontraram respingos de sangue nas paredes e o chão parecia ter sido lavado.

Imagine você chegar para trabalhar em um bar e encontrar um corpo no freezer do estabelecimento. Isso aconteceu nesta sexta-feira (17/9) com o funcionário do bar da Rua Júlio César de Oliveira, 415, Bairro Jardim Vitória, Noroeste de Belo Horizonte. A vítima era um adolescente de 17 anos. Os principais suspeitos são os proprietários do estabelecimento, um homem de 36 anos, e sua mulher, de 38.

O dono do bar, conhecido como Marreco e a esposa dele foram presos, mas a Polícia Civil ainda investiga o possível envolvimento deles no assassinato da vítima. No celular do homem, os policiais encontraram a foto da vítima morta dentro do freezer, o que pode indicar que ele tenha participado do assassinato.  De acordo com o tenente Rafael Batista Neto, do Batalhão Rotam, ao chegar no local para apurar a denúncia, o proprietário deixou que os militares entrassem.

“Já de imediato a guarnição visualizou vestígios de sangue humano. Eles foram recebidos pelo proprietário e na escada lateral que dá acesso à parte superior do bar foi possível visualizar outros vestígios de sangue”, disse o militar.

No andar superior do bar, os policiais encontraram a esposa do proprietário e mais vestígios de sangue nas paredes.

“Nesse momento, o proprietário apontou que havia um corpo no freezer. Ao entraram no bar avistaram mais vestígios de sangue humano. No freezer foi encontrado o corpo da vítima”, explicou o tenente.

As informações apontam que o crime teria ocorrido na noite desta quinta-feira (16) e a Polícia Civil ainda investiga as circunstâncias da morte do adolescente.

A suspeita da investigação é de que o crime tenha ocorrido no andar superior do bar e, após a morte,  o corpo tenha sido arrastado e armazenado no freezer. No adolescente também haviam ferimentos causados por tiros. No local não foi informada a quantidade de tiros, mas pelo menos um atingiu a vítima na cabeça

“A perícia está no local, mas estamos em diligências ainda. Estamos investigando para tentar chegar na autoria. A gente tem o suspeito, mas a gente ainda vai tentar desenvolver um pouco mais a investigação para até ver se há mais algum outro autor que possa ter deixado o corpo ali dentro”, pontuou o delegado da Polícia Civil Guilherme Catão.

 

Comoção

Amigos, parentes e vizinhos do bar se amontoaram em frente ao estabelecimento para acompanhar o trabalho da polícia. A mãe do garoto chegou aos prantos ao local, tentou entrar no bar para ver o corpo do filho e foi contida pelos militares. "Meu filho, por favor, meu filho", gritava a mulher que muito abalada com a situação acabou desmaiando na calçada do estabelecimento. Ela foi acudida por amigos.

No bairro imperava a lei do silêncio. Pessoas da vizinhança se recusaram a conversar com a reportagem com medo de alguma retaliação. Segundo a Polícia Militar, a área é conhecida por ter uma constante movimentação do tráfico de drogas. Essa, também é uma das linhas de investigação da Polícia Civil.

O corpo do do adolescente foi levado para o Instituto Médico Legal (IML)

 

Pistas

Além dos vestígios de sangue pela edificação do bar, os policiais também encontraram sinais de que o local teria sido limpo recentemente.

Na rua, do outro lado da calçada, havia sinais de que algum objeto havia sido queimado. Uma moradora do bairro que pediu anonimato disse ter visto o que era. "Era um colchão que foi queimado ainda durante a noite", revelou.

A polícia acredita que o colchão estaria no quarto onde o adolescente foi assassinado e teria vestígios de sangue. "Com isso eles podem ter queimado o colchão para esconder provas", pontuou o tenente Rafael Batista. 

A ocorrência foi encerrada na Delegacia de Plantão I (Deplan I) da Polícia Civil, no bairro Floresta.

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