Bichinhos de luz atormentam brasileiros; bióloga ensina como se livrar deles

Publicado por Tv Minas em 07/09/2021 às 21h23

Fonte: O TEMPO

Sheyla Christina da Silva explica que os insetos podem causar danos à saúde e ao imóvel onde eles invadem.

Brasileiros foram às redes sociais na noite deste domingo (5) para reclamarem sobre a infestação dos 'bichinhos de luz', também conhecidos em algumas regiões do Brasil como 'aleluias' ou 'siriris'. Os bichinhos voadores, na verdade, são cupins que desenvolvem asas para realizar o acasalamento e saem de seus esconderijos em dias muito quentes e úmidos.

"Tem bichinho saindo da minha camiseta e do meu cabelo. Derrotada não chega nem perto de definir meu estado de espírito", dizia umas das publicações no Twitter.

Em outra dessas postagens no Twitter, uma usuária da rede social que mora em São Paulo atribuiu aos 'bichinhos de luz' a responsabilidade pela economia de energia elétrica na casa dela. 'Meu Deus que TANTO de bicho de luz é esse? Eu olhei tinha uns 20 aí corri pra fechar a janela e acumulou uns 30 do lado de fora sem zoeira e eu moro no 15º andar. Mas foi bom pra eu lembrar de desligar todas as luzes, assim já economizo na conta", brincou.

Em Belo Horizonte, também houve reclamação da infestação dos insetos. Em uma delas, feita no Facebook, um jornalista relatou que desde o sábado (4) estava sofrendo com a invasão dos cupins em sua casa e que neste domingo (5), as 'aleluias' retornaram ao imóvel. "Casa toda fechada!", publicou.

 

Fase reprodutiva

A bióloga Sheyla Christina Ferreira da Silva, 40, explica que os ‘bichinhos de luz’ são insetos da ordem Isoptera, encontrados em diversas espécies no Brasil. A especialista explica que na época reprodutiva desses animais, aliada tempo quente e úmido, eles desenvolvem asas para realizar a cópula, o que chamamos de fase alada.

"Após o vôo nupcial eles voltam ao solo e perdem as suas asas e, logo após a fêmea fecundada fará um novo ninho: um novo cupinzeiro", explica a bióloga.

 

Ambientes

Os 'bichinhos de luz' podem infestar ambientes urbanos ou rurais e a bióloga explica que eles podem causar danos. "Eles  são bem adaptáveis aos meios urbanos ou rurais e podem causar problemas sérios nas casas. Os cupins não causam doenças diretas às pessoas, mas a produção de seus resíduos podem causar reações alérgicas em pessoas sensíveis", alerta.

Além das alergias, os 'bichinhos de luz' podem acarretar outros prejuízos. 'Ainda sobre os problemas, podem causar danos à madeira dos móveis e telhados, instalações, paredes e até interior de eletrodomésticos abandonados", explica a bióloga Sheyla.

 

Prevenir para não remediar

Os bichinhos da luz são popularmente conhecidos por este nome porque são atraídos por ambientes iluminados, por isso, a bióloga deixa o alerta. "Sobre os danos causados pelos cupins, vale destacar que prevenir é melhor que remediar. Os cupins se orientam com a iluminação e são atraídos por ela. Não devemos deixar que entrem em casa, fechando janelas e apagando as luzes. Mas, se entrarem, basta colocar uma bacia com água logo abaixo das lâmpadas, que logo cairão na água atraídos pelo reflexo da luz", orienta.

"Deve-se manter os móveis afastados das paredes, não acumular papel sem uso, limpar sempre os armários, arejar os cômodos e abrir as janelas para os raios solares entrarem" indica a bióloga.

A especialista também orienta que mesmo com o incômodo causado pelos insetos os venenos devem ser evitados. "A dedetização deveria ser o último recurso, uma vez que substâncias tóxicas devem ser evitadas para a manutenção da saúde das pessoas e dos demais seres vivos. Lembrem-se que toda espécie tem o seu hábitat natural e temos que buscar alternativas menos impactantes de controle de insetos, de forma a proporcionar o equilíbrio biológico e ecológico", pondera.

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