Bactéria em MG: mudança de estratégia é defendida por especialista; entenda

Publicado por Tv Minas em 28/10/2023 às 09h46

Fonte: O Tempo

Para a infectologista Luana Araújo, é mais viável reforçar o quadro de profissionais do que suspender aulas.

Uma mudança de estratégia na atuação do poder público diante da suspeita de infecção da bactéria Streptococcus em crianças e adultos, é defendida pela infectologista Luana Araújo. Atualmente, a medida que vem sendo mais adotada em diversas cidades é a suspensão das aulas na rede municipal de ensino, o que não é eficaz, conforme já alertado pelo secretário de Estado Saúde, Fábio Baccheretti. 

“Uma morte é uma tragédia. Três é ainda mais grave. Há um pânico se espalhando pela região que leva ao fechamento de escolas [para desinfecção] que é desnecessário e gera mais pânico. O recurso poderia ser usado de outra maneira: melhorar a rede de atendimento pediátrico para este momento e outros da infância, dispensação de medicamento para que seja adequada em tempo hábil para quando a criança for diagnosticada”, afirmou. 

A especialista ainda defende a ajuda aos profissionais da rede de saúde e o reforço das medidas de higiene a serem adotadas pela população. “Fechar escola não faz diferença”. Para Luana Araújo, o Estado enfrenta um surto da doença. “Tudo aquilo que foge do esperado para a população em determinado período de tempo é surto. Não era esperado o aumento de casos, ainda mais com o desfecho de óbito. Mesmo sendo um número ‘pequeno’ de pacientes que morreram, é sim surto”. 

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) está acompanhando o surto de escarlatina na cidade de Felício dos Santos, no Alto Jequitinhonha, que tem, ao menos, 30 casos da bactéria, entre crianças e adultos.

 

Higienização

A higienização pessoal é um grande aliado na prevenção, conforme elencou a médica. “A higiene das mãos e o afastamento das pessoas com sintomas é necessário. Falamos tanto nos anos da pandemia sobre lavar as mãos. É importante pois carregamos a bactéria pelas mãos ao tossir ou espirrar, por exemplo, e levamos para o outro”.

Luana ainda destacou que as crianças que apresentarem os sintomas devem deixar de ser enviadas para as escolas e precisam ser encaminhadas para a unidade de saúde, já que o diagnóstico rápido auxilia na eficácia do tratamento.

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