Publicado por Tv Minas em 29/03/2023 às 13h08
Uma mãe de 22 anos e a companheira dela, de 26 anos, foram presas suspeitas de espancar e desfigurar o rosto da própria filha, de 4 anos, em Morrinhos, no sul goiano. Segundo o delegado Fabiano Henrique, a criança precisou ser encaminhada ao Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, devido às agressões.
Fabiano conta que as mulheres foram presas após a mãe procurar a delegacia para denunciar a companheira, que segundo ela, teria agredido a vítima. A mãe, porém, também acabou sendo presa depois que a polícia comprovou que ela participou do crime.
“A criança está toda destruída, precisamos correr com ela para o hospital de Morrinhos. Devido a gravidade, ela foi transferida para Goiânia. No relatório médico preliminar, ela tinha até queimaduras. Vamos aguardar o laudo para saber o que realmente aconteceu. Acreditamos que as agressões já ocorrem há alguns dias”, afirmou.
Em um vídeo gravada pelas mulheres é possível ver que a criança está com a cabeça e os braços inchados e com ferimentos. Em nota, o Hugol informou que a criança está em estado grave, mas consciente e respirando espontaneamente.
Criança teve ombros deslocados, braço quebrado e coágulo na cabeça, diz polícia
Segundo a Polícia Civil, a criança teve os ombros deslocados, um braço quebrado, um coágulo na cabeça e sinais de queimadura.
O delegado Fernando Gontijo explicou que ainda não foi possível apurar há quanto tempo a menina era agredida. No entanto, os machucados apontam que as agressões aconteciam há semanas.
Segundo a polícia, a criança estava com as mulheres há apenas dois meses. O delegado ainda contou que as suspeitas escondiam a menina dos familiares para que eles não tivessem conhecimento das agressões.
"Elas escondiam a criança. A mãe somente apresentou a criança na delegacia porque o tio da crianca, entrou na casa sem autorização da mãe e viu o estado da criança", detalhou Fernando.
A polícia informou que a menina não foi registrada pelo pai e que não tem informações sobre ele ou se ele tinha conhecimento das agressões.
"Provavelmente não teve nenhum contato com ele", disse o delegado.
A madrasta foi autuada por tentativa de homicídio, enquanto a mãe pode responder por tentativa de homicídio e falsa comunicação de crime, de acordo com o delegado Fabiano. Caso sejam condenadas, as mulheres podem pegar mais de 20 anos de prisão.
Assista ao vídeo: