Universidade de Itajubá (UNIFEI) inaugura Centro de Hidrogênio Verde

Publicado por Tv Minas em 30/09/2023 às 10h33

Local deve impulsionar o estudo do hidrogênio verde como alternativa essencial para reduzir a poluição.

A Universidade Federal de Itajubá (Unifei) inaugurou o Centro de Hidrogênio Verde (CH2V), que será um espaço para o desenvolvimento de pesquisas e projetos sobre aquela que é apontada como a "energia do futuro" por causar poucos impactos ambientais. 

O Centro inaugurado na Unifei custou R$ 25 milhões e é uma parceria da Universidade com o governo da Alemanha. “A parceria com o Brasil possui mais de 60 anos e, atualmente, os dois países enfrentam os desafios ambientais globais por meio de ações para a preservação da biodiversidade e o combate às mudanças climáticas com o propósito de reduzir as emissões de gás carbônico”, explicou o Marcos Oliveira, um dos coordenadores do projeto H2Brasil, que integra a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável.

A inauguração contou com a presença do ministro Alexandre Silveira (PSD-MG), que destacou a importância do Centro para todo o país. “É compromisso do governo do presidente Lula valorizar a inteligência e a capacidade de inovação dos brasileiros e brasileiras, principalmente dos nossos jovens. A inauguração deste importante Centro de Hidrogênio Verde é exemplo nacional na implementação de plantas de produção de hidrogênio de baixo carbono”, destacou o ministro. 

Segundo a Unifei, o Centro de Hidrogênio Verde irá “agregar várias frentes de pesquisas que incluem a análise do uso de hidrogênio verde em processos industriais, na geração de energia elétrica e na busca por alternativas sustentáveis para a mobilidade urbana”. 

O CH2V será alimentado totalmente de energia renovável, “produzida a partir de painéis fotovoltaicos, e vai abrigar laboratórios que serão utilizados por instituições e empresas interessadas em desenvolver pesquisas e aplicações consumindo o hidrogênio”, informou a Universidade. 

Ainda de acordo com a Unifei, o hidrogênio verde é considerado a energia do futuro por ser considerada uma fonte renovável e com pouco impacto no meio ambiente, o que é importante neste momento de transição energética. 

“O hidrogênio verde (H2V) – produzido a partir de fontes renováveis – tem se destacado como peça-chave na descarbonização da indústria, sobretudo em setores difíceis de abater. O H2V pode servir como combustível para diversas formas de transporte, a exemplo de veículos terrestres ou marítimos e aeronaves”, destacou a Universidade.

Universidade de Itajubá (UNIFEI) inaugura Centro de Hidrogênio Verde.

 

Belo Horizonte terá fábrica de hidrogênio verde

Em março deste ano, a prefeitura de Belo Horizonte confirmou a construção de uma fábrica de hidrogênio verde na capital. O prefeito, Fuad Noman (PSD), participou do lançamento da pedra fundamental da fábrica. "Enquanto prefeito, nossa cidade será protagonista nesta agenda tão importante para o mundo", disse.

O empreendimento está sendo tocado pela companhia alemã Neuman & Esser. A fábrica vai funcionar no Bairro Olhos d'Água, na Região Oeste de Belo Horizonte.

A usina de hidrogênio verde é fruto de aporte aproximado de R$ 70 milhões. A construção vai gerar 75 empregos diretos, além de 200 postos indiretos de trabalho. Esse tipo de hidrogênio é obtido a partir de um processo que conta com baixos índices de carbono. Em alguns casos, o carbono zero é a marca da produção.

 

O que é hidrogênio verde?

O hidrogênio verde (H2V), produzido a partir de fontes renováveis, tem se destacado como peça-chave na descarbonização da indústria, sobretudo em setores difíceis de abatimento das emissões.

Segundo o professor da Unifei, Luiz Horta Nogueira, ele é um combustível novo, mas que existe há muito tempo.

"O fato novo é que nós agora estamos produzindo hidrogênio a partir da água. Ele, antes, era produzido a partir do gás natural, de combustíveis fósseis. Quando ele é produzido a partir da água, usando energia solar, usando outras formas limpas de energia, ele não polui. A queima do hidrogênio volta a fazer água. E isso permite a gente combater as mudanças climáticas, construir uma sociedade ambientalmente melhor e saudável”, explica.

Conforme o professor, poderá ser possível usá-lo no transporte, na indústria, na produção de fertilizantes limpos. "Os fertilizantes que nós usamos hoje muitas vezes são feitos de petróleo, derivados de petróleo. Nós vamos poder fazer de energia renovável", comenta.

"É um futuro desejável", completa o professor.

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