Venda de carcaças de peixe em supermercado causa discussões nas redes sociais

Publicado por Tv Minas em 09/10/2021 às 10h45

Fonte: G1

Com alta nos preços de alimentos e queda do poder aquisitivo nos centros urbanos, a venda de restos de pescado a preço baixo causou mal estar pela internet.

As fotos que o servidor público Jailton Pereira, de 31 anos, publicou nas redes sociais chamou a atenção mostrando carcaças de peixe vendidas em supermercado de Belém. Entre milhares de comentários, muitos afirmavam nunca ter visto o produto sendo oferecido em grandes redes, outros defendem que é costumeiro.

A reclamação vem a partir da escalada da fome no país, segundo especialistas, com aumento do preço de alimentos e dos custos de produção, elevados pelas altas na energia elétrica e nos combustíveis. Até mesmo o peixe, item básico na mesa de paraenses, passa pela crise econômica acentuada pela pandemia de Covid-19.

Nesta sexta (8), fiscais do Procon Pará e do Ministério Público do Pará (MPPA) foram ao estabelecimento e não constataram irregularidades, segundo os órgãos. Também não houve denúncias registradas junto ao Procon.

Em nota, os Supermercados Formosa esclarecem que "as carcaças de peixe comercializadas em seus supermercados são produtos vendidos desde a implantação da venda de pescado na rede, para preparo de caldos variados" e que as "postagens do produto em redes sociais possuem informações equivocadas sobre o assunto".

 

Fiscalização

O Procon Pará, que é vinculado à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, disse que ainda não recebeu denúncias quanto à comercialização de carcaças de peixes em supermercados de Belém, e que não há regulamentação sobre a venda do produto, portanto, a venda não é ilegal.

Em nota divulgada nesta sexta, o Procon diz ainda que os fiscais averiguaram preços, notas fiscais dos produtos e questões sanitárias, no setor de venda de peixes congelados e in natura. As equipes também entraram no frigorífico de armazenamento do pescado.

Rodrigo Moura, coordenador de fiscalização afirmou que "os produtos estão em consonância com a legislação vigente".

Segundo Moura, "foram verificados que todos os peixes que têm procedência por meio da nota fiscal e registro nos órgãos de inspeção sanitária, e não detectamos a venda de espinhaço", afirma.

A fiscalização foi acompanhada pelo gerente geral do supermercado, Mávio Melo. Ele alegou que o produto não é composto por carcaça de peixe. “O que nós vendemos são aparas, como as ventrechas, o rabo e a cabeça. Produtos que todos os dias têm uma grande saída dentro das lojas”, afirma.

Caso o consumidor queira fazer denúncias, é disponibilizado o número 151, ou indo diretamente ao Procon.

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