
Com o valor desviado dos cofres públicos, os investigados montaram restaurante, cervejaria e hotel, para a lavagem de dinheiro.
A Operação realizada ontem pelo Ministério Público de Minas Gerais prendeu oito pessoas por sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Nomeada como “Irmãos Ostentação”, entre os principais presos, estão os irmãos José Elias da Silva Júnior, o Buta, e Luciano José da Silva, conhecido como Bozó, de Passos.
Os mandados de prisão e 11 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Passos, Capitólio, Belo Horizonte e Contagem, segundo informações do Ministério Público e da Secretaria de Estado da Fazenda (SEF). A estimativa é que o prejuízo em dívidas fiscais atinja cerca de R$10 milhões. Participaram da ação 42 policiais civis, três promotores de justiça e 40 servidores da Receita Estadual.
Segundo o MP, a suspeita é de que os irmãos José e Luciano comandavam um esquema com negócios em Capitólio e na região metropolitana de Belo Horizonte, onde teriam começado com empresas nos segmentos de comércio e distribuição de produtos alimentícios.
Além de José Elias Silva Júnior e Luciano José da Silva, também foram presos, ontem, Álvaro Silva Araújo Neto, Anna Carolina Silva Nunes e Vilmar Francisco Frias da Silveira. Eles foram levados para uma delegacia em Belo Horizonte.
Segundo informações do promotor de justiça Renato Froes Ferreira, os irmãos José e Luciano comandavam o grupo empresarial e os laranjas eram pessoas de confiança, como mãe e sobrinhos. O esquema teria se iniciado por volta de 2011 e as investigações começaram há dois anos, quando funcionários fizeram denúncias anônimas.
“Nós recebemos algumas denúncias anônimas com relação a uma das empresas, que hoje nós verificamos que pertencem a esses investigados. Essa empresa é sediada em Ribeirão das Neves e, quando nós começamos a investigar, verificamos que realmente havia um passivo tributário. A gente começou a investigar a sonegação fiscal e verificamos que essa empresa era devedora. Na verdade, ela fazia parte de um grupo empresarial que era comandado, de fato, por esses dois irmãos”, disse.
PATROCINADORES
Segundo o Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet), as empresas foram mantidas em funcionamento por um período de tempo suficiente para atingir solidez econômica. Depois foram propositalmente esvaziadas, deixando para trás a dívida milionária de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Sendo assim, com o valor desviado dos cofres públicos, os investigados montaram restaurante, cervejaria e hotel. Usados para a lavagem de dinheiro, dificultando a identificação dos bens ilicitamente adquiridos e seus reais proprietários.
Segundo o MP, foi criada uma nova empresa atacadista em Contagem, na região das Centrais de Abastecimento (Ceasa) e com filial na cidade de Passos, também suspeita de sonegação.
Para isso, como forma de garantir o anonimato diante da fiscalização e não levantar suspeitas, os novos empreendimentos foram assumidos por laranjas. A maioria deles parentes dos investigados que continuaram, de fato, à frente dos negócios.
O Ministério Público afirma que as fraudes renderam milhões de reais aos investigados e que eles ostentavam sinais exteriores de riqueza, esbanjando nas redes sociais uma vida luxuosa, com carros de luxo, por exemplo.
Segundo a Polícia Civil, só o restaurante instalado próximo à conhecida região de Escarpas do Lago estaria avaliado em torno de R$20 milhões.
Além do prejuízo já apurado, estimativas da Receita Estadual apontam para a existência de uma dívida fiscal ainda maior. De acordo com o MP, o valor só poderá ser estimado após análise do material apreendido na operação.
Com o valor desviado dos cofres públicos, os investigados montaram restaurante, cervejaria e hotel, para a lavagem de dinheiro.
A Operação realizada ontem pelo Ministério Público de Minas Gerais prendeu oito pessoas por sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Nomeada como “Irmãos Ostentação”, entre os principais presos, estão os irmãos José Elias da Silva Júnior, o Buta, e Luciano José da Silva, conhecido como Bozó, de Passos.
Os mandados de prisão e 11 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Passos, Capitólio, Belo Horizonte e Contagem, segundo informações do Ministério Público e da Secretaria de Estado da Fazenda (SEF). A estimativa é que o prejuízo em dívidas fiscais atinja cerca de R$10 milhões. Participaram da ação 42 policiais civis, três promotores de justiça e 40 servidores da Receita Estadual.
Segundo o MP, a suspeita é de que os irmãos José e Luciano comandavam um esquema com negócios em Capitólio e na região metropolitana de Belo Horizonte, onde teriam começado com empresas nos segmentos de comércio e distribuição de produtos alimentícios.
Além de José Elias Silva Júnior e Luciano José da Silva, também foram presos, ontem, Álvaro Silva Araújo Neto, Anna Carolina Silva Nunes e Vilmar Francisco Frias da Silveira. Eles foram levados para uma delegacia em Belo Horizonte.
PATROCINADORES
Segundo informações do promotor de justiça Renato Froes Ferreira, os irmãos José e Luciano comandavam o grupo empresarial e os laranjas eram pessoas de confiança, como mãe e sobrinhos. O esquema teria se iniciado por volta de 2011 e as investigações começaram há dois anos, quando funcionários fizeram denúncias anônimas.
“Nós recebemos algumas denúncias anônimas com relação a uma das empresas, que hoje nós verificamos que pertencem a esses investigados. Essa empresa é sediada em Ribeirão das Neves e, quando nós começamos a investigar, verificamos que realmente havia um passivo tributário. A gente começou a investigar a sonegação fiscal e verificamos que essa empresa era devedora. Na verdade, ela fazia parte de um grupo empresarial que era comandado, de fato, por esses dois irmãos”, disse.
Segundo o Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet), as empresas foram mantidas em funcionamento por um período de tempo suficiente para atingir solidez econômica. Depois foram propositalmente esvaziadas, deixando para trás a dívida milionária de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Sendo assim, com o valor desviado dos cofres públicos, os investigados montaram restaurante, cervejaria e hotel. Usados para a lavagem de dinheiro, dificultando a identificação dos bens ilicitamente adquiridos e seus reais proprietários.
PATROCINADORES
Segundo o MP, foi criada uma nova empresa atacadista em Contagem, na região das Centrais de Abastecimento (Ceasa) e com filial na cidade de Passos, também suspeita de sonegação.
Para isso, como forma de garantir o anonimato diante da fiscalização e não levantar suspeitas, os novos empreendimentos foram assumidos por laranjas. A maioria deles parentes dos investigados que continuaram, de fato, à frente dos negócios.
O Ministério Público afirma que as fraudes renderam milhões de reais aos investigados e que eles ostentavam sinais exteriores de riqueza, esbanjando nas redes sociais uma vida luxuosa, com carros de luxo, por exemplo.
Segundo a Polícia Civil, só o restaurante instalado próximo à conhecida região de Escarpas do Lago estaria avaliado em torno de R$20 milhões.
Além do prejuízo já apurado, estimativas da Receita Estadual apontam para a existência de uma dívida fiscal ainda maior. De acordo com o MP, o valor só poderá ser estimado após análise do material apreendido na operação.