Cientistas criam fígado em laboratório e transplante não dá rejeição

Publicado por Tv Minas em 03/08/2020 às 12h34

Cientistas da Universidade de Pittsburgh, nos EUA, criaram pequenos fígados, a partir de células da pele humana. A pesquisa deles saiu em artigo na Cell Reports.

 

O artigo mostra que, além de criar os fígados em laboratório, os cientistas também conseguiram transplantar com sucesso em ratos e os minúsculos órgãos continuaram funcionando normalmente após os transplantes, ou seja, não houve rejeição.

 

“O que estamos planejando fazer é começar a criar mini-órgãos humanos que sejam universais. Isso mudaria o paradigma dos transplantes “, explicou o co-autor do artigo, Alejandro Soto-Gutiérrez, da Universidade de Pittsburgh.

 

 

Como

 

O procedimento semelhante à ficção científica usou células da pele de adultos, alterando geneticamente certos genes e fatores de transcrição, para criar o que é conhecido como “células-tronco pluripotentes”.

 

Em 2006, o campo pioneiro da edição genética levou os cientistas a descobrir que eles podem simplesmente pegar qualquer célula de um adulto vivo e transformá-la em uma célula-tronco pluripotente.

 

“Pluri”, que significa pluralidade, indica sua capacidade de transportar o código genético de todos os tipos de órgãos, e é assim que eles podem se tornar células hepáticas.

 

 

Transplantes

 

De acordo com a Clínica Mayo, o número de pessoas nas listas de espera para transplantes de fígado excede em muito a quantidade de doadores de fígado disponíveis.

 

E custa caro: a revista médica Inverse relata que nos EUA o custo médio de um transplante, responsável por todo o procedimento, é de cerca de US $ 812.000 – mais de R$ 4 milhões.

 

 

Futuro

 

Se tudo der certo, o método e a tecnologia anunciados pela Universidade de Pittsburgh poderão produzir enxertos hepáticos e prolongar a vida das pessoas que aguardam na lista de transplantes.

 

“O objetivo a longo prazo é criar órgãos que possam substituir a doação de órgãos, mas, no futuro próximo, vejo isso como uma ponte para o transplante”, disse Soto-Gutiérrez à Inverse.

 

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