Comerciantes protestam por fechamento de serviços não essenciais em Pouso Alegre

Publicado por Tv Minas em 16/01/2021 às 17h01

Matéria extraída do Terra do Mandu

 

 

A maior parte do comércio de Pouso Alegre não abriu as portas neste sábado (16). Ontem, o prefeito Rafael Simões (DEM) assinou o decreto nº 5.235, que interrompe o funcionamento das atividades não essenciais no município. A justificava é o aumento de casos de Covid-19 nos últimos dias e o estrangulamento do sistema de saúde, com a ocupação dos leitos de UTI no Hospital das Clinicas Samuel Libânio chegando próximo a 100%.

 

Após o decreto, os comerciantes fizeram um protesto para pedir a reabertura de seus estabelecimentos. Eles se concentram na Praça Senador José Bento. Com camisetas e cartazes, afirmavam que a culpa para o aumento de casos não é do comércio. Em seguida, saíram em caminhada pelo Centro da Cidade.

 

Kelly Ribeiro tem uma brinquedoteca e estava fechada desde março. Em outubro teve liberação para funcionar com limitações, mas agora voltou a ser obrigada a fechar. A empresária conta que o funcionamento, mesmo que de maneira restrita, estava dando para manter as contas fixas.

 

“Agora esse novo fechamento só veio atrapalhar. A gente já tem eventos reduzidos, seguindo os protocolos de segurança. E as pessoas deixam de fazer os eventos nas nossas casas, que conseguimos controlar, e vão para sítios aglomerando com 50 até 200 pessoas”, disse.

 

O presidente da Associação do Comércio e Indústria de Pouso Alegre (Acipa) Ibrahim Kallas afirma que o apoio ao protesto dos comerciantes é no sentido de conciliação.

 

“Nós entendemos o problema seríssimo que a saúde passa. Eu, como médico, estou vendo isso de perto. Mas temos que encontrar soluções que possam atender a necessidade do comércio, que não pode parar. Estamos trabalhando ideias, elaborando um documento, propondo soluções para entregarmos para a prefeitura”, diz o presidente da Acipa.

 

Esse é o segundo decreto que fecha o comércio não essencial em Pouso Alegre. O primeiro foi no final de março, com a flexibilização tendo iniciado uma semana depois. Após sete meses de lojas abertas, seguindo regras sanitárias, os comerciantes alegam que o número de casos de Covid não estava aumentando.

 

Existe fortes indícios dessa realidade. durante o tempo que o comércio estava aberto, nós não tivemos um surto. Tanto é que o comércio está aberto tem alguns meses e o surto aconteceu agora. A contaminação se faz em 10 a 15 dias. Então, algo que aconteceu por aglomerações de outro sentido. Essa é nossa linha de pensamento e que vamos debater com o poder público”, finaliza.

 

Em vídeo divulgado ontem à noite, o prefeito Rafael Simões disse que não restou outra alternativa. Simões pediu desculpa aos comerciantes e afirmou que a medida de fechamento das atividades não essenciais é culpa do relaxamento da população nos últimos dias, principalmente no período de fim de ano.

 

 

Assista ao vídeo:

 

 

 

 

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