Padre cai de pedra em cachoeira e corpo desaparece em poço em Minas Gerais

Publicado por Tv Minas em 25/01/2021 às 13h15

Arquidiocese já confirma morte do religioso; bombeiros procuram o corpo.

 

Soldados do Corpo de Bombeiros realizam buscas  em um poço, no distrito de Curimataí, no Norte de Minas, a procura do corpo do padre Paulo Roberto Marques, de 42 anos, vigário da Catedral Metropolitana de Montes Claros (cidade-polo da região). No final da tarde de domingo (24/01), ele caiu de cima de uma pedra, onde subiu para tirar uma foto, junto a uma cachoeira no Rio Preto. 

 

Embora o corpo da vítima ainda não tenha sido encontrado, o arcebispo metropolitano de Montes Claros, dom João Justino Medeiros, divulgou nota de pesar, confirmando e lamentando a morte do sacerdote, natural de Bocaiuva (também no Norte de Minas).

 

Na mensagem, divulgada na página oficial da arquidiocese, o arcebispo pede orações de todos, especialmente pelos pais e irmãos do padre Paulo Roberto.

 

O sacerdote passeava com a família na cachoeira de Curimataí. De acordo com testemunhas, ao final do passeio, por volta das 18h de domingo, ele subiu em uma pedra para fazer uma foto, quando se desequilibrou e caiu no poço.  Ainda conforme testemunhas, Paulo Roberto bateu em algumas pedras e caiu na água desacordado. O corpo afundou imediatamente. 

 

De acordo com informações de moradores, há 30 anos morreu um outro padre na mesma cachoeira de Curimataí. O local, conhecido como Cachoeira de Baixo, fica há um quilômetro do distrito. 

 

Na manhã desta segunda-feira (25/01), o Corpo de Bombeiros de Curvelo informou que uma equipe deslocou para fazer as buscas em Curimataí, mas ainda não havia conseguido localizar o corpo do padre. 

 

 

Reportagem alertou sobre perigos em cachoeiras

 

O ESTADO DE MINAS publicou no último dia 14 de janeiro uma reportagem chamando atenção para os cuidados com riscos de acidentes em cachoeiras, cuja procura aumenta nesta época do ano.  

 

O EM alertou que nesse período, por conta das chuvas, aumenta o volume das cachoeiras e os riscos do fenômeno “cabeça d água”. O texto lembra que “existem também os riscos de queda devido as dificuldades de acesso e formações rochosas junto às cachoeiras”. 

 

O tenente Pedro Aihara, da Assessoria de Comunicação do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), afirma que, nesta época do ano é muito comum os mineiros procurarem refrescar o calor em rios, balneários e cachoeiras. Ele ressalta que, para aproveitar bem os encantos da natureza, as pessoas devem adotar os cuidados para evitar acidentes, sobretudo, nas cachoeiras. 

 

“As pessoas precisam seguir alguns cuidados básicos. O primeiro deles é que ninguém deve andar sozinho. O visitante sempre deve andar acompanhado. Pois, se acontecer alguma coisa, vai ter outra pessoa para apoiá-lo e ajudá-lo. Crianças so podem nadar sob a supervisão de adultos. E é preferível nadar onde há a presença do Corpo de Bombeiros ou de um guarda vidas. Isso cria um nível de segurança para a maior diversão das pessoas”, afirma Aihara.

 

Em relação aos passeios nas cachoeiras, o representante do Corpo de Bombeiros recomenda: “respeita a sinalização de segurança do local. Evite brincadeiras de mau gosto como trotes e até saltos. Se começar a relampejar, procure sair da água par não corre risco de (receber) descargas elétricas. Se testemunhar um afogamento, procure imediatamente os bombeiros”.

 

 

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