Publicado por Tv Minas em 24/06/2022 às 10h28
A Polícia Civil de Guaxupé, no Sul de Minas, deve abrir inquérito para investigar uma técnica de enfermagem de 35 anos por suspeita de falsa comunicação de crime. A mulher teria acionado a Polícia Militar de Guaxupé já no Pronto Socorro da Cidade, dizendo ter sido vítima de um estupro.
Os detalhes do suposto crime, que aconteceu na Avenida Dona Tereza Bonádio Sandroni, no Jardim Aeroporto, criou um clima de insegurança, especialmente entre as mulheres.
O Portal da Cidade Guaxupé questionou a Polícia Civil sobre o avanço nas investigações do suposto crime, ao que foi informado sobre a inveracidade dos fatos.
"Sobre denúncia de suposto estupro ocorrido em Guaxupé, nesta segunda-feira (20), a Polícia Civil esclarece que após adotar todas as providências de polícia judiciária, incluindo oitiva e atendimento especializado à mulher vítima de crime sexual, restou apurada a inexistência do fato. A suposta vítima será investigada, em procedimento próprio, por falsa comunicação de crime", informou a assessoria de comunicação da PCMG.
O caso
Na manhã de hoje (23), o Portal da Cidade Guaxupé conversou com o comandante da PMMG, Capitão Salgado sobre o atendimento no dia do suposto crime.
"De imediato, quando tomamos conhecimentos dos fatos, deslocamos a viatura até o hospital, a viatura da Sargento Aline que tá tem um know how de trabalho com vítimas desta natureza. Colhemos as informações e começamos a rastrear os autores e não conseguimos localizar esses autores no dia"
A suposta vítima teria informado à polícia que fazia uma caminhada no Jardim Aeroporto e que num ponto no anel viário, foi abordada por três jovens aparentando idades entre 16 e 17 anos, que a teriam agredido e a estuprado. A mulher informou que o ataque só parou depois que uma pessoa passou de carro, viu a cena e parou para ajudar.
Mesmo diante de toda a dinâmica do crime a mulher foi sozinha de moto para o hospital. Segundo a PM no caminho para o pronto socorro ela teria sofrido um acidente. A mulher é inabilitada.
Ela chegou ao hospital reclamando de dores na coluna e tinha ferimentos no rosto, corte na sobrancelha, arranhões perto da boca e um inchaço na cabeça.
O Portal da Cidade não conseguiu localizar a suposta vítima, agora investigada e está à disposição caso a mulher queira falar sobre o assunto.
A comunicação de falso crime é crime previsto no artigo 339 do código penal. A pena é de reclusão, de dois a oito anos, e multa.
